Talvez nós todos damos o melhor de nossos corações sem questionar para aqueles que mal pensam em nós

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eu podia até tentar acreditar

nessa ilusão, não sei porque, viagem errada então. O meu caminho me levava a acreditar que eu estava certo, que eu era esperto e coisa e tal. Cara sinistro da zona sul, andando com um monte de santinha pra lá e para cá. Mas com você foi diferente, foi de primeira, quando eu te vi até me faltou ar. As oportunidades nessa vida me fazem crer, que quando estamos frente a frente, só eu e você, o tempo passa, tudo é mais fácil, difícil é esquecer o que eu faço quando você se vai. Eu fico aqui bolando planos mirabolantes, fico inconstante, pareço iniciante. Eu vou fazer de tudo pra trazer você pra perto de mim, pode acreditar que sim...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mudanças...

Ok eu realmente to surtandooooooooooooooooooooooooooooooooooo...
To eu aqui na minha pobre vida pacata e chega uma amiga minha com a janelinha dela em desespero e me manda pergunta se ue ja tinha escutado Party Girl, nova musica do mcfly, respondo que não e vou a caça, quando escuto os primeiro acorde eu quase caio da cadeira, quase infarto meu tum tum dispara entro em chok, o que faço, vou logo correndo pro MCFLY ADDICTION e sim era pra minha GIGANTE tristeza era verdade ¬¬
SIIIIIIIIIIIIM o mcfly virou uma boy band ¬¬ ... ok ok muitos devem ta lendoe falando mais e dai eles sempre foram u.ú, NÃOOOOOOOOOOOO eles não eram, eles eram 4 meninos que tocavam uma musica boa, que falava dos sentimentos, que me faziam penasr, chorar gritar, apontar, falar que a letra me dizia algo, num ritmo não pré-adolescente, num ritimo, pop meio rock, algo que me chamava a atenção, algo que eu realmente batia no peito e dizia eu gosto de mcfly, eu gosto e ngm muda isso...
Hoje ao escutar essa musica vi meu mundo desabar, vi que sei lá aquilo que eu escutava mudou, aquilo que eu realmente curtia acabou, aquele estilo torto mal lavado acabou, cadê Lies pra eu pular? cadê POV, pra eu cantar em alto e bom som e bater no peito que sim essa musica é a que me representa no momento? Cadê Oblyvious que eu escutava de trás pra frente todo santo dia? Cadê Too Close For Comfort no seu novo jeito acústico que me fez chorar, ri, brincar e ainda por cima cantar na frente de todos sem vergonha por simplesmente curtir ela... Sei que elas vão estar ainda com eles, mais não será mais a mesma coisa, eu quero ver eles como eram antes, com seus jeitos loucos e estranhos que me encantavam, ver o Dougie com seu baixo sendo lambido pelo Danny, que divide o microfone com o Tom, que dá aquele sorriso covinha que me encanta cada dia mais *-*
Pode ser que com o tempo eu me acostume, mais mesmo assim sempre vou sentir que uma parte de mim se foi, a melhor parte de mim acabou como um doce bom que chega ao fim :S

ANTES:


DEPOIS:

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Esta Noite Levarei Sua Alma

Todas as noites vocês voltam. Arrastam-se até aqui, pagam, entram e, em pouco tempo, estão rezando para sair. Mas não há como desistir. Depois que embarcam, não têm mais forças para levantar antes de chegar ao final. Precisam saber como tudo vai terminar ou nunca mais encontrarão tranquilidade. Serão incapazes de permanecer sozinhos, tremerão a cada ruído, perderão os sentidos, vagando durante noites de pavor. Então, venham...

Entreguem suas almas, descubram suas fraquezas, encontrem o fim. Todos têm o mesmo rosto: a boca trincada, os olhos de espanto, as mãos frias, o medo de atravessar. Retorcem seus corpos nos assentos, não conseguem se mexer, sair do lugar, enfrentam cada etapa. Querem o escuro e o silêncio. Estão imóveis, apavorados, indefesos. A expressão de horror acompanha o choro, o lamento, o grito, o grunhido, a explosão, o ruído, as máquinas de destruição. A ameaça pode assumir qualquer forma. Pode estar em qualquer lugar. Alguns virão para defendê-los. A maioria virá para destruí-los...

E, através dos séculos, o desejo da conquista espalhará luta e sofrimento. E o mundo se dividirá entre os homens da guerra e os homens da paz. Algozes e vítimas. Senhores e escravos. Não importa onde: nas aldeias, nos campos, travam batalhas que derrubam corpos nas areias e pelas cidades; na Terra ou em outros planetas. Virão de todos os lugares. E vocês permanecem assim: assistindo a tudo, vendo cada cena e se emocionando. Segurando a espada e sentindo a dor do ferimento, a tristeza da perda, o temor do próximo ataque. De onde virá? Forças estranhas vêm do além, seres fantásticos atravessam o espaço devorando planetas. Nada sobrevive ao seu poder devastador.

Vocês presenciam o inabalável ataque das trevas, sofrem com a tragédia da miséria humana, temem os espíritos furiosos, suportam o sofrimento da incerteza, a dor da mentira, a angústia do preconceito. Esperam por aqueles que serão capazes de combater as injustiças, transformar cordeiros em leões, caçar os fantasmas, conceber mirabolantes planos de fuga ou, simplesmente, exercitar o direito à liberdade, transcender limites, explodir fronteiras. Perseguir seus desejos a qualquer preço, em qualquer lugar. Mesmo que isso se torne uma obsessão por devorar suas vítimas. Transformar algozes mercenários em covardes, diante do temor de um reencontro. Ou defensores da vida, em vítimas da ganância de covardes. Destemidos? Sim, mas até quando...

Talvez se vocês tivessem escolhido uma vida mais tranquila, no campo ou numa cidadezinha do interior... Será? Cada um colhe o que planta. E esse pode ser o começo do fim. Não adianta se esconder, ele vai te encontrar. E pode ser onde menos se espera. Nas brincadeiras divertidas da infância, na entrega ao riso fácil quando se desarmam as defesas. Na procura pelo segredo que jamais deveria ter sido revelado. Cuidado, lá se esconde o terror. Como se livrar dele?

A maldição, para alguns, deve arder na fogueira. Para outros, é preciso punir o mal, enfrentando aqueles que causam tristeza, morte e dor. Não importa. Herege ou bruxo, demônio ou santo, quem encontrar a resposta poderá ser a próxima ameaça a ser controlada.

Estão com medo... Por que ainda temem, se já embarcaram e não há mais nada a fazer? Já sentiram isso antes? Certamente, porque aqui estão. Então, prossigam... Vençam suas batalhas, enfrentem suas assombrações. Mas sem esquecer que elas voltam, sempre voltam... Por mais que vocês tentem se livrar, elas querem vingança e não desistirão. A maldição nunca será vencida, ela não termina, ressurge quando já não mais se acredita que possa existir. Vocês podem até se esconder e rezar. Mas não vão escapar. Quando a extinção termina, o desafio começa. Seres pré-históricos, violentos, abomináveis. Tenham medo, porque esse pode ser o último mergulho... Talvez eles sequer estejam vivos. Muito além da morte e da imaginação, haverá uma aventura que viverá por toda a eternidade. Sobrevivam a ela, se forem capazes. E, se não forem, peçam ajuda.

Podem acreditar que estarei sempre ao lado, espreitando... Aguardando o momento em que, exaustos, vocês desistirão. E se entregarão, sem luta, à impossibilidade.

Não sentem a brisa quente e o perfume delicioso dos frutos, só o calor sufocante? Desejam o descanso da longa travessia? Sofram, então, porque não é possível voltar. Esta viagem não tem retorno. Em pouco tempo, sentirão o peso dos grilhões, a dor da chibata, o sofrimento do exílio, o desejo pela liberdade.

Mas o que está acontecendo aqui? Não me obedecem? Por que continuam a resistir, se não haverá um só homem de pé que possa testemunhar tanta bravura? Todos irão comigo e desaparecerão. Novos tormentos virão, crueldade, ignorância, estupidez. Não querem aceitar o domínio? Não desistem jamais? Lutam contra a opressão, querem voltar para casa? Caminham juntos, aos milhares, aonde irão? Não percebem que não adianta? Ninguém voltou jamais, acreditem! Que força é essa a que assisto sem nada poder fazer? Como trazê-los de volta ao pesadelo? Pareciam tão frágeis ao menor sinal de tempestade, e, no entanto, renascem! Afinal, o que os assusta realmente? Pareciam mortos de medo, incapazes de reagir e, agora... Como ousam? Me enganam e zombam de mim? Para onde estávamos indo? Não podemos mais voltar porque, enfim, chegamos. Aqui estamos. Esperavam por nós.

E vocês se divertiam comigo esse tempo todo, não? Então, me enganavam? Mudavam sem que eu percebesse? Só agora entendi que me conduziam, faziam de mim personagem de um filme em que eu não poderia decidir o final. Nas telas ou na vida real, dominam a arte do começo sem fim. Recomeço. Aí estão, deixando para o futuro a ousadia de um passado sem medo. E, a cada ano, surgem novos personagens, novas histórias de lutas e glórias. De simplicidade e força. Porque têm a certeza de que o que está na outra margem é mais um motivo para eternizar a vida. A história de um povo de coragem, que possui o surpreendente poder de se reinventar. Fim?

Paulo Barros
Isabel Azevedo
Ana Paula Trindade
Simone Martins